sexta-feira, 11 de julho de 2008

Gravatas e sua (in)utilidade


Hoje eu estava numa loja de ternos e me peguei pensando: qual é, exatamente, a utilidade de uma gravata? Discutindo com mamãe e titia, cheguei à seguinte conclusão, acatada por todos com quem conversei nos momentos seguintes: não há nenhuma utilidade prática para uma gravata.
Isso pode soar estranho na primeira vez que lemos, mas é a mais pura verdade, a gravata é inútil. Apenas um pedaço de pano usado tendo em vista fins estéticos. Uma meia, pelo contrário, tem lá sua utilidade: esquentar e protejer os pézinhos de quem as usa. Um prendedor de cabelos, prender os cabelos (dã!). A gravata, coitada, é o patinho feio da galera dos acessórios. Uma Paris Hilton no meio de um bando de Clarices Lispectors (não leve a mal, aaamo a Paris).
Pensei: ela deveria ter alguma utilidade quando foi criada. Mas desobri que ela vem dos lenços.
Os primeiros indícios do uso de acessórios semelhantes a uma gravata datam do terceiro século A. C.. Durante algumas escavações, em 1974, foram desenterrados 7.500 corpos de guerreiros chineses. Todos tinham no pescoço um tipo de lenço, vagamente parecido com uma gravata.
No entanto, o que realmente originou o uso da gravata em larga escala em todo o mundo foi a Guerra dos Trinta Anos, que devastou a Europa durante o século XVII. Esta guerra colocou o Sagrado Império Romano contra a Aristocracia Boêmia Protestante. Os franceses, pertencentes ao segundo grupo, tinham seu exército formado quase que inteiramente por mercenários. Dentre eles havia um grupo de guerreiros croatas, que tinham como parte da vestimenta um tipo de lenço no pescoço, semelhante ao que seriam as gravatas pouco depois. Os guerreiros franceses, então, começaram também a utilizar este adereço. Ao fim da guerra, a aristocracia francesa, buscando assemelhar–se a seus guerreiros para conquistar a simpatia do povo, começou também a usar os lenços no pescoço. O rei da Inglaterra, saindo de seu exílio na França, levou a seu país a nova moda. A partir daí, o uso das gravatas se espalhou por toda a Europa, ajudado pelo frio daquela região, já que aqueciam o pescoço das pessoas. Com a expansão marítima, o uso se espalhou também pelos novos continentes.
Não seria melhor, então, continuar usando os lenços? As gravatas são menores e, portanto, cobrem menos o pescoço e, logicamente, esquentam-no menos. São inúteis e fúteis. Fiquei arrasada quando percebi isso. Sério.
Photobucket/ouvindo: css (disco novo!)

Um comentário:

Luize Valú disse...

oooow... gravata eh legal!
adoro roubar gravatas em festas, d preferencia q combinem com meu vestido!